domingo, 23 de agosto de 2009

Azougados do Sertão: campeões da VIII Gincana Cultura do GEO Petrolina

Somos CAMPEÕÕÕÕES! Dá um gostinho boom falar essa palavra! :D
Ainda mais quando somos merecedores dela, isso nós com certeza somos.
Pelo menos a maior parte da equipe. Tanta gente que suou junto, tanta gente que ficou com os nervos a flor da pele... Quando recebia novas tarefas, quando via que a dança tava ficando uma bagunça, quando o tempo passava e ninguém conseguia falar com Ernandes, quando uns procuravam desesperados um peixinho e outros iam atrás de alimentos... Seja com tarefas prévias ou com a preocupação com a entrega pontual das camisas, sempre houve momentos de desespero e agora lembrar deles é engraçado, porque eles deixaram muitas marcas... Acabei de descobrir arranhões que eu nem sei como recebi, e meu Deus, estou toda quebrada aqui! Bem, a finalidade do post é agradecer e parabenizar. Agradecer a todos que suaram a camisa, literalmente, por essa gincana... Eu queria muiiiito citar nomes aqui, sendo que se eu esquecer uns ou outros é pior, então eu agradeço a TODOS que me ajudaram, mesmo. Eu nem sabia o que era ser líder quando as meninas me inscreveram, e meu Deus, como isso dá trabalho! Mas muiiita gente me ajudou, e graças a essas ajudas eu ganhei novos amiiigos o/
E parabenizar? Parabenizar a TODOS OS QUE ESTAVAM LÁ. Foi tão liiindo *-*
Parabéns AZOUGADOS. E QUE VENHA A FESTAAA!!!!
/Maria Eduarda

sábado, 22 de agosto de 2009

Fauna do Sertão

Os animais que pertencem a nossa fauna













Quando chove na Caatinga, no início do ano, a paisagem e seus habitantes se modificam. Aqui vivem a Ararinha-azul, a Asa-branca, a Cotia, o Preá, o Veado-catingueiro, o Tatu-peba e o Saguí-do-nordeste (fotos), dentre outros.

São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios - dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico.

A nossa Caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.

O futuro do Sertão é a desertificação?



Conscientizar é preciso

Já muito discutido, o aquecimento global ainda é pouco conhecido entre as camadas populares brasileiras. Poucos são os que realmente tem a capacidade de discutir sobre o tema, em todo o mundo várias foram as modificações climáticas e na vegetação causadas pelo efeito estufa, apesar de parecer pouca a diferença de temperatura a fauna e a flora fora muito afetada.

No Sertão, uma região desde seu princípio de clima quente e seco irá ficar ainda mais difícil de se viver, o efeito estufa irá se intensificar já que os aspectos regionais, tais como relevo e manobras de massas de ar são favoráveis a ele, irá se tornar nada mais nada menos que um imenso deserto o qual nada difere de outros como o Saara. Rios como o São Francisco e seus afluentes serão extintos tanto por causa do efeito estufa quanto pelo já presente assoreamento, a falta de respeito para com o planeta fora extrapolada e poucos ainda tem o conhecimento do quão caro será o prejuízo.

Vamos prestar mais atenção no que fazemos, pois muitos ainda afirmam que para que algo dessa magnitude aconteça irá demorar séculos, equivocados são os que o dizem pois pesquisas foram feitas e levando em conta que muitos dos sinais da desertificação já são realidade na vida do sertanejo, não irá demorar muito mais que apenas duas ou três décadas para que o efeito seja irreversível, não será fardo apenas para nossos filhos, nós também passaremos pelas dificuldades que nós mesmos cultivamos. Quanta falta fará o Velho Chico, a cultura mais rica em detalhes, a música típica, o poema e o cordel, a dança? Quanta falta fará o nosso Sertão?

Animais ameaçados de extinção

O crescimento da população sertaneja é uma realidade. Uma realidade maior é que, cada vez mais, precisamos de mais espaço para a sobrevivência da nossa espécie. Os desmatamentos na região do bioma Caatinga é outra realidade. Logo, esse desmatamento incontrável no nosso bioma vai tomando o habitat natural das espécies que, há muito tempo, habitam aquela região. Há na Caatinga dois animais que podem desaparecer dos ambientes naturais e que só poderam ser vistos em cativeiro: O mutum-do-nordeste e a Ararinha-azul.

A Ararinha-azul



Cobiçada no mercado internacional por causa de sua plumagem. Há apenas cinquenta desses animais, vivendo no sertão/litoral baiano e no Piauí.

O Mutum-do-nordeste



Os últimos exemplares dessa ave vivem em cativeiro para o percepção de reprodução do animal que vive na Caatinga ou no litoral de Alagoas (essa ave abondona o Sertão na época da seca).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O cangaço



História e ideologia

Os cangaceiros eram homens que andavam armados e em bandos pelo sertão nordestino nas primeiras décadas do século XX. Tinham suas próprias regras de conduta e suas próprias leis. Vagavam de um local para o outro (não possuíam residência fixa), vivendo de saques e doações. Eles eram temidos pelas pessoas e espalhavam o medo por onde passavam. Freqüentemente enfrentavam as forças policiais do governo.

Os cangaceiros usavam roupas e chapéus de couro, pois andavam muito pela catinga. Este tipo de vegetação possui muitos espinhos e esta roupa fornecia proteção aos cangaceiros. Existiram vários bandos de cangaceiros, porém o mais conhecido foi o liderado por Lampião (conhecido como o "rei do cangaço"). Outros cangaceiros conhecidos deste período foram Antônio Silvino e Corisco.

Os cangaceiros começaram a desaparecer do cenário nordestino durante o governo Vargas. No final da década de 1930, o governo federal intensificou o combate aos cangaceiros. Lampião e seus companheiros, por exemplo, foram executados em 1938.

A foto abaixo mostra a àrea de influência do Cangaço no Sertão.

Dominguinhos



Trajetória musical

Dominguinhos nasceu no interior de Pernambuco, em 1941, filho de mestre Chicão, um famoso tocador e afinador de foles. Começou a tocar aos 6 anos, com os irmãos, e com oito conheceu Luiz Gonzaga, que virou seu padrinho musical. Ao chegar ao Rio de Janeiro, para onde sua família se mudou em 1954, Dominguinhos ganhou do Velho Lua uma sanfona, o apelido e a oportunidade de acompanhá-lo em shows e gravações.

Dois anos depois excursionou pelo Nordeste com Gonzagão, acumulando as funções de sanfoneiro e motorista. Nessas viagens conheceu Anastácia com quem formou uma dupla de grande sucesso. Com mais de 50 anos de harmonia, a sanfona de Dominguinhos soa com o mesmo vigor dos tempos de menino. O popularmente conhecido sucessor de Luiz Gonzaga tem uma longa história de contribuições à música sertaneja.

Seu primeiro disco solo foi produzido em 1964, a convite do afinador de sanfona Pedro Sertanejo, pai de Oswaldinho do Acordeom. Após gravar a música "Só Quero Um Xodó", Dominguinhos despontou no cenário musical brasileiro. Em seguida vieram outros discos e várias de suas canções foram gravadas por nomes expressivos da MPB, como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Fagner, entre tantos outros. Hoje, ele é considerado um artista de um gênero só.


Romaria para Bom Jesus da Lapa



Uma das maiores romarias do Brasil

O que faz deste lugarejo do centro-oeste baiano diferente de Aparecida (SP) e Juazeiro do Norte (CE) é o visual, capaz de encantar o mais cético dos visitantes. A fé nos milagres de Bom Jesus da Lapa renova-se ano a ano, em três épocas distintas. A primeira romaria, da Terra e das Águas, tem início em julho, mas o principal evento ocorre no dia 6 agosto. É a romaria do Bom Jesus, que reúne cerca de 350 mil pessoas. Em setembro, há também a romaria de Nossa Senhora da Soledade.

Segundo dados da Secretaria Municipal do Turismo, o comércio de produtos religiosos movimenta R$ 8 milhões todos os anos. Além da rede hoteleira, que dispõe de 5.000 leitos em 200 estabelecimentos, as lembranças também representam uma boa fatia da receita do município. O principal souvenir adquirido pelos turistas é o chapéu de romeiro. Outros itens que fazem parte do vasto leque de opções são as canecas personalizadas com gravuras do Bom Jesus, velas 'bentas', camisetas, chaveiros e imagens sacras.

O Sertão na visão dos grandes escritores



Foto

Guimarães Rosa, o autor de Grande Sertão: Veredas.

Vários foram os grandes escritores que produziram materiais sobre o Sertão e sua realidade. Mas, apenas dois são de obrigatória citação, já que ambos tiveram visões opostas do Sertão. Guimarães Rosa e Graciliano Ramos autores das obras “Grande Sertão” e “Vidas secas” respectivamente foram os primeiros a retratar com detalhes fiéis, a realidade o Sertão.

A partir das obras Grande Sertão: Veredas e Vidas Secas, de Guimarães Rosa e Graciliano Ramos, respectivamente, é possível exemplificar as maneiras desses autores entenderem o sertão, tentando relacionar suas abordagens com suas identidades culturais. Na obra de Guimarães Rosa, o sertão não vai se limitar ao espaço geográfico, mas simbolizar o próprio universo. O sertão é uma realidade geográfica, social, política, psicológica e metafísica.

É clara a visão de Graciliano do Sertão, uma região onde a sobrevivência se torna muitas vezes impossível, onde a exaustão física era levada ao extremo, porém era exatamente nesses momentos que ele procurava mostrar a força do sertanejo e sua luta por algo melhor. Cada um vê o Sertão de um modo diferente, alguns tendem a ver um lado rústico onde a miséria e a fome são sempre presentes, outros porém vêem um lado onde a riqueza de paisagens, a cultura bem desenvolvida, a culinária, uma história invejada, e ainda mais a força de um povo predominam fortemente, esses sim, são os verdadeiros conhecedores do Sertão.

A foto abaixo mostra Graciliano Ramos, o autor de Vidas Secas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O verdadeiro sertão



A errada divulgação do Sertão e o descobrimento da Caatinga

Nos anos 1960, Nelson Pereira dos Santos em Vidas Secas e Glauber Rocha em Deus e o Diabo na Terra do Sol apresentaram o sertão nordestino como um ambiente inóspito, seco e quase sem vida, perseguido por um Sol ofuscante. Agora, o mesmo espaço reaparece em Abril Despedaçado, de Walter Salles, e em Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira.

Coincidentemente, emerge também nos domínios da ciência um novo olhar sobre a Caatinga, único ecossistema inteiramente brasileiro - e o menos estudado. Cenário de intricados processos ecológicos, esse ambiente conhecido como sertão - uma área de 800 mil quilômetros quadrados, correspondente a quase metade dos nove estados do Nordeste - revela-se muito mais rico em espécies exclusivas de plantas e animais, como peixes, lagartos, aves e mamíferos, do que se imaginava.

Nas 800 páginas do livro Ecologia e Conservação da Caatinga, lançado em Novembro de 2003, um grupo de 35 especialistas do próprio Nordeste e do Sudeste sintetiza os últimos 200 anos de pesquisas, acrescenta as descobertas mais recentes e desfaze de uma vez por todas a noção de que esse ecossistema, onde vivem 20 milhões de pessoas, é homogêneo e desinteressante.

A foto a abaixo mostra a reportagem feita pelo o Jornal Diário do Nordeste que retrata a ameaça ao bioma 100% brasileiro.

Uma floresta tropical no sertão?



Uma equipe formada por pesquisadores brasileiros, do Reino Unido e dos EUA confirmou - por meio da coleta de rochas em uma caverna - o que há pelo o menos 50 ano suspeitava-se: "O sertão nordestino já abrigou uma pujante floresta, ligando a Amazônia e a Mata Atlântica."

Os cientistas exploram uma série de cavernas no norte da Bahia, à procura de espeleotemas, ou amostras de calcáreo na forma de estalactites e estalagmites. Segundo Augusto Euler, geólogo da UFMG, um dos envolvidos na pesquisa, só a presença de águapode explicar a formação daquelas estruturs. "Hoje é muito seco por lá, o índice de pluviosidade é de 490 mm ao ano, o que é muito pouco. Mas, no passado, houve água suficiente para formar esses espeleotemas", conta o pesquisador.

Datações realizadas, analisando as quantidades dos elementos urânio e tório, relevam que a "última grande chuva aconteceu uns 11,7 mil anos atrás", prossegue o cientista. "O que achamosmais interessante, ainda mais pro Brasil, é a constatação de que a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica foram unidas no passado", encerra o geólogo.

A foto abaixo mostra como os três biomas, atualmente, localizam-se.

O Xaxado



O Xaxado e o Cangaço

Xaxado é uma dança popular criada no Agreste Pernambucano e Sertão pernambucano, muito praticada pelos cangaceiros da região, em comemoração as suas vitórias. O nome é devido ao barulho das sandálias dos cangaceiros contra a areia do sertão.

Xaxado é uma dança de guerra e entretenimento criada pelos cangaceiros de Lampião no inicio dos anos 1920, em Vila Bella, atual Serra Talhada. Ainda na época do cangaço tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.

Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém firmes. A presença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras mulheres ao bando de Lampião.

100 anos de Patativa do Assaré



Patativa do Assaré completaria 100 anos nesse ano. Seu nome de registro é Antônio Gonçalves da Silva. Nasceu em 5 de Março de 1909 e faleceu no dia 8 de Julho de 2002. Nesse século de vida, criou, inovou, encantou o povo simples do Sertão e os intelectuais. Ajudou a levar mais cultura para o Interior do Ceará e um pouco desta cultura para o Brasil e o mundo, onde foi lido, estudado em universidades e escutado em poemas musicados por cantores consagrados. Na lida simples do roçado fez seus versos que falavam da natureza, da justiça social e da terra, que deixaram sua marca na vida e na alma do cearense.

Dentre suas obras, podemos citar: "Cante lá que eu canto cá", "A Triste Partida", "Meu Protesto", "O Burro", "Peixe", "O Poeta da Roça", "Se existe inferno". Patativa no total ganhou 25 prêmios oficiais, um dos mais importantes dele foi o Título de Doutor Honoris Causa.

Música: "A Triste Partida"



O poema e o autor em foco

Poema ”A Triste Partida” gravado por Luiz Gonzaga, em 1964, obra de Patativa do Assaré ultrapassou o universo dos cordéis e cantorias para os discos, livros e estudos universitários. Foi na música que sua poesia ganhou o Brasil e o mundo. A cantiga desfia as mazelas de um sofrido nortista que se vê obrigado a deixar seu pedaço de chão tão querido, ressequido pela falta de água e de espírito humano dos governantes, e tentar a sobrevivência em terras alheias.

Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.

Como todo bom sertanejo, Patativa começou a trabalhar duro na enxada ainda menino, mesmo tendo perdido um olho aos 4 anos. No livro “Cante lá que eu canto cá”, o poeta dizia que no sertão enfrentava a fome, a dor e a miséria, e que para “ser poeta de vera é preciso ter sofrimento”. E "A Triste Partida" foi uma de suas obras mais memoráveis.

A letra

A letra do poema está disponível no site abaixo:
http://letras.terra.com.br/luiz-gonzaga/82378/

Vale a pena conferir!

Vida de Vaqueiro



O vaqueiro propriamente dito em um vídeo

O documentário mostra um pouco de tudo da vida do vaqueiro no sertão Pernambucano, com Força, Garra e Coragem estes bravos guerreiros da caatinga nunca esquecem seus costumes e sua tradição. Vale a pena ver!

Este documentário tem uma duração de 20min.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Música: "Luar do Sertão"


Foto

João Pernambuco, autor da música

Letra

Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

Oh que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando, folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade, do luar lá do sertão!
Se a lua nasce por detras da verde mata
Mais parece um sol de prata, prateando a solidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção e a lua cheia, a nascer no coração

Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não, luar como esse do sertão

Obs.: A música é cantada, em sua versão mais vendida, por Luiz Gonzaga e Milton Nascimento

Contexto

A toada Luar do Sertão é um sucesso de música popular. Como outras canções que falam da vida campestre, ela encanta principalmente pela ingenuidade dos versos e pela simplicidade da melodia. Catulo defendeu em toda a sua vida que era seu autor único, mas hoje em dia se dá crédito da melodia a João Pernambuco. É uma das músicas brasileiras mais gravadas de todos os tempos.

O sertanejo em Chicó



A verdadeira alma do sertanejo no personagem

Protagonista, personagem pobre e franzino, Chicó usa de sua infinita astúcia para garantir a sobrevivência. Já foi comparado a Macunaíma, o herói sem caráter. Tal comparação, no entanto, revela-se inadequada, já que João Grilo, ao contrário do personagem criado por Mário de Andrade, trabalha de forma dura, ajuda seu grande amigo Chicó e tem como justificativa de suas traquinagens ser assolado por uma pobreza absoluta.

O sertanejo que é esperto e inteligente, usa de sua esperteza e corajem para vencer a foma e a seca. Chicó comporta-se de forma igual: engana as pessoas para se dar bem e ter o que comer.

A obra se Ariano Suassuna faz lembrar a alma do sertanejo: simples, esperto, inteligente, criativo e cheios de problemas, que faz o mesmo usá-lo para enganar. Isso tudo é descrito no personagem Chicó, do livro e filme, O Auto da Compadecida.


Filme: "O homem que desafiou o diabo"



Sinopse

Zé Araújo é um homem boêmio, que gosta de frequentar cabarés e ouvir cantadores de viola. Após tirar a virgindade de uma turca, ele é obrigado pelo pai dela a se casar. Durante anos, Zé passa por seguidas humilhações, provocadas por sua esposa. Um dia, ao ouvir uma piada sobre sua situação, ele se revolta, destrói o armazém do sogro e ainda dá uma surra na esposa. Ao terminar ele monta em seu cavalo e parte sem destino, decidido a ter uma vida de aventuras. A partir deste dia Zé Araújo passa a ser conhecido como Ojuara, enfrentando inimigos e vivendo situações inusitadas.

Elenco

Marcos Palmeira - Zé Araújo "Ojuara"
Flávia Alessandra - Mãe de Pantanha
Fernanda Paes Leme - Genifer
Lívia Falcão - Dualiba
Sérgio Mamberti - Coronel Ruzivelte
Renato Consorte - Turco

Livro: "Morte e Vida Severina"



Tempo/ Espaço da obra

Os aspectos temporais espaciais de Morte e Vida Severina entrelaçam-se a características da obra estudadas em seu enredo e através de seu protagonista, Severino. Enquanto o tempo é indeterminado cronologicamente, dando-nos a situação da seca como único marcador, que parece eternizá-lo, o espaço possui um movimento de deslocamento mais simbólico que real, embora aconteça de fato.

Isto porque a travessia do retirante do Agreste para a Caatinga, da Caatinga para a Zona da Mata, da Zona da Mata para o Recife, não apenas não muda as suas perspectivas de vida, mas, ao contrário, apenas intensifica o acúmulo de mortes que o leva a pensar em jogar-se no rio e apressar a própria morte.

Assim, tanto tempo quanto o espaço intensificam o caráter de denúncia social do texto, o qual, pela simbologia da vida representada via nascimento de uma criança, e via significado desse nascimento de acordo com as palavras do mestre carpina, conjuga a denúncia de que reveste com um lirismo que não chega nem pretende chegar a seu redentor, reconfortante, mas que colore de tons substantivamente poéticos a possibilidade de esperanças presente em Morte e Vida Severina.

O livro é imperdível. Retrata um retirante pelos os pensamento e misérias sofridas, fazendo, assim, uma análise psicológica em cada personagem, principalmente em Severino.

Livro: "Grande Sertão: Veredas"



Grande Sertão: Veredas é um romance genial e, acima de tudo, uma história surpreendente de aventura, amor, mistério, traição, conflito, amizade, dor, paixão e superação. Escrito por João Guimarães Rosa, um dos maiores autores brasileiros de todos os tempos.

Grande Sertão: Veredas foi estudado dentro e fora do país, mas antes de conhecer toda a habilidade estilística desse autor de rara formação linguística e filosófica, é preciso mergulhar nessa história e se deixar encantar por ela, saboreá-la até a última página.

Então, vá a uma Livraria e pegue esse livro e conheça Riobaldo Tatarana, Reinado Diadorim, Medeiro Vaz, Zé Bebelo e Hermógenes. Experimente ler alguns trechos em voz alta para descobrir os sons e ritmos de palavras que parecem compor um outro idioma. A Folha de S. Paulo, a revista Época e várias associações internacionais, elegeram Grande Sertão: Veredas como um dos 100 maiores livros da literatura universal do século XX. Não perca essa oportunidade. Viaje com ele.

O livro foi imortalizado em sua própria obra e, também, em uma minissérie da Rede Globo, em 1985, composta do atores muito famosos, dentre eles, Tony Ramos e Bruna Lombardi, eles interpretam Riobaldo e Diadorim, respectivamente (foto abaixo).

Romaria para Canindé




Canindé, no estado do Ceará, é destino da segunda maior peregrinação no mundo devotada a São Francisco (superada apenas pela peregrinação em direção a Assis, na Itália, terra natal do Santo). Na semana de 26 de setembro a 4 de outubro (dia de São Francisco), cerca de 2,5 milhões de pessoas visitam a cidade; embora haja peregrinos de todas as classes sociais.

A devoção dos fiéis é tão forte que o Vaticano elevou a Igreja de São Francisco de Canindé ao status de Basílica, reservado apenas aos principais destinos de peregrinos cristãos em todo o mundo; Canindé é considerada o maior santuário franciscano no continente americano.

A romaria ao Santuário de São Francisco em Canindé se destaca pelo caminho que o fiel deve percorrer. Mas em vez dos cenários do Velho Mundo, o peregrino terá diante de si a magnífica paisagem sertaneja. O viajante irá conhecer a fauna e a flora do semi-árido, tomar banho em açudes e riachos. Um dos pontos turíticos que o romeiro pode desfrutar é a Estátua de São Francisco, com 35 metros; a Basílica de São Francisco; O zoológico municipal; o Museu municipal; A Ireja Matriz.

Geraldo Azevedo



História

Geraldo Azevedo nasceu em Petrolina, PE, em 11 de janeiro de 1945. Essa origem nordestina talvez tenha sido a responsável pelo tempero tão variado de ritmos e balanços que este grande músico possui. Em seu trabalho é possível encontrar, lado a lado, líricas canções de amor como “ Dia Branco”.

Aos 12 anos de idade já tocava violão. Ao mudar-se para Recife onde foi estudar, Geraldo se juntou ao grupo folclórico intitulado "Grupo Construção" onde conheceu Teca Calazans, Naná Vasconcelos , Marcelo Melo e Toinho Alves (componentes do Quinteto Violado) iniciando aí toda a sua trajetória musical. Nesse mesmo ano a Copacabana lançou o disco "Alceu Valença & Geraldo Azevedo" marcando a estréia de dois jovens cantores e compositores que se tornaram dois dos maiores nomes da nossa música brasileira.

Participou de alguns importantes projetos coletivos de discos como "Asas da América", "Cantoria" e "O Grande Encontro", além de fazer parte de várias coletâneas. Mesmo não estando na boca da mídia nem vendendo números astronômicos, Geraldo Azevedo já se firmou como uns dois maiores músicos nordestinos da atualidade.

Sarapatel



Tempo de preparo: 40 minutos
Serve-se em: 10 porções

Ingredientes

- 1/2 kg de sarapate;
- l1 cebola grande picada1 pimentão pequeno;
- 1 tomate sem pele e sem sementes picado;
- 4 dentes de alho amassado;
- 1 molho de quentro;
- 2 folhas de louro;
- 1 colher de sopa de cominho e pimenta do reino;
- 1 colher de sopa de coloral ou 2 colheres de sopa de extrato de tomate;
- 2 colheres de vinagre;
- Sal a gosto.

Modo de preparo

1- Parta o sarapatel em cubinhos pequenos, ponha em uma panela e leve ao fogo;
2- Retire do fogo e escorra, passe em água corrente;
3- Em uma panela ponha o sarapatele todos os ingredientes um pouco de banha de porco;
4- Leve ao fogo para refogar por 15 minutos;
5- Depois ponha 400 ml de água e deixe cozinhar por 30 minutos;
6- Ponha o sal;
7- Sirva com arroz ou farinha.

Bom apetite!

Mungunzá



Tempo de Preparo: 30 minutos
Serve-se em: 5 porções

Ingredientes

- 2 cocos;
- 4 xícaras de água fervendo;
- 500 g de milho branco;
- 2 xícaras de açúcar;
- 3 paus de canela;
- 6 cravos;
- 1 pitada de sal;
- 1 colher de sopa de manteiga.

Modo de preparo

1- Separe de véspera o milho branco e deixe de molho na água;
2- Rale os cocos e esprema, até obter um caldo grosso e reserve;
3- Despejar a água fervendo sobre o bagaço do coco, e esprema;
4- Numa panela leve ao fogo o milho branco e o leite fino, e deixe cozinhar até o milho ficar macio (se necessário acrescente água para não deixar secar o caldo);
5- Acrescente o leite de coco grosso e cozinhe mais um pouco até virar um creme;
6- Tempere com açúcar, cravo, canela, sal e a manteiga;
7- Misture bem e sirva.

Bom apetite!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O bioma Caatinga



Introdução

A vegetação do bioma é extremamente diversificada. São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos habitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma.

Tipos de espécies que habitam o bioma

Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xique-xique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana). Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru (foto abaixo) e o juazeiro. No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas "ilhas de umidade" e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.



As espécies vegetais que habitam esta área são em geral dotadas de folhas pequenas, uma adaptação para reduzir a transpiração. Gêneros de plantas da família das leguminosas, como Acacia e Mimosa, são bastante comuns. A presença de cactáceas, notavelmente o cacto mandacaru (Cereus jamacaru), caracterizam a vegetação de caatinga. Outra característica importante é a forma dos troncos das árvores que dominam o bioma, dentre eles, podemos ver na foto abaixo.

Canudos





Contexto Histórico

A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Ele teve a duração de quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.

Canudos cresceu, e virou alvo dos fazendeios que viram a aldeia como uma ameaça à ordem do sistema. Logo, fizeram um pedido pela a intervenção do governo, cujo pedido foi reforçado pela a Igreja católica, que via em Conselheiro, um fundador de uma nova religião.

Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.

Essa revolta simboliza muito para o sertão, mostra como a bravura do povo sertanejo nunca se rendeu à fome, à miséria, à tudo o que falta na vida do sertanejo.

Escondidinho



Tempo de preparo: 1 hora
Serve-se em: 8 porções

Ingredientes

- 700 gramas de aipim(mandioca) cozido em água e sal
- 300 gramas de batata inglesa cozida em água e sal
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1 caixinha de creme de leite
- 1 cebola pequena picada ou ralada (depende do gosto da pessoa)
- 1 tablete de caldo de carne ou de galinha
- ½ kg de carne seca ( cozida e desfiada)
- 2 colheres de manteiga ou de azeite
- 2 dentes de alho amassado
- 1 cebola média em rodelas
- 1 colher de sopa de salsa picada
- 1 colher de sopa de cebolinha picada
- Bacon, catupiry, mussarela e sal a gosto

Modo de preparo

1- Passar pelo espremedor de batatas, tem que ficar bem macio a batata, aipim, a manteiga
2- Misturar a cebola, o caldo de carne ou galinha, o creme de leite e se necessário colocar leite até ficar cremoso (grosso)
3- Fritar o bacon, o alho, a cebola, depois colocar a carne seca desfiada e fritar mais um pouco, colocar a salsa e cebolinha

Como montar

1- Colocar em forma refratária untada com manteiga no fundo e nas laterais também;
2- Cortar uma pontinha do saco de caturpy e espalhar por cima do purê e colocar dentro do purê
3- Levar ao forno por mais ou menos 20 minutos.

Pronto! Bom apetite!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Luiz Gonzaga



A sua importância para o Sertão

Ele foi o primeiro músico assumir a nordestinidade representada pela a sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.

Nos seus vários anos de carreira nunca perdeu o prestígio, apesar de ter se distanciado do palco várias vezes. Os modismos e os novos ritmos desviaram a atenção do público, mas o velho Lua nunca teve seu brilho diminuído.

Quando morreu em 1989 tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 87 e tocou em Paris em 85. Seu som inconfundível atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia.

Mesmo tocando sanfona, mesmo se vestindo como nodestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião). Era a representação da alma de um povo... Era a alma do nordeste cantando sua história... E ele fez isso com simplicidade e dignidade. O baião, o povo sertanejo, só tem que agradecer...

Ele é, sem dúvidas, uma das grandes personagens que cravaram na terra do Sertão.

(Autor Desconhecido)